Tenho medo. Tenho
medo da acidez humana,
que desacredita na bondade.
Medo de quem duvida dos sentimentos mais
simples
e procura assim complicar a vida
com uma coleção de
teorias vazias e obsoletas.
Medo das pessoas que
mastigam silenciosamente sua ira,
enquanto olham com
reprovação para os sonhos dos outros.
Das mãos fechadas por
avareza
e que desaprendeu a
beleza da carícia.
De ser tomada pelas
dúvidas de quem fica
sentado no caminho esperando a vida acontecer.
De quem não comete
erros, não corre riscos,
não possui a ousadia
dos dias coloridos que insistem em exagerar.
- Ita Portugal -
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