3 de mai. de 2011

Quem matou o amor?



Houve uma vez, na história do mundo, um dia terrível, 
em que o Ódio 
- o rei dos maus sentimentos, dos defeitos e das más virtudes - 
convocou uma reunião com todos os seus súditos. 
Todos os sentimentos escuros do mundo
 e os desejos mais perversos do coração humano 
chegaram a essa reunião com muita curiosidade, 
porque queriam saber qual o motivo de tanta urgência. 
Quando todos já estavam presentes, falou o Ódio: 
- Os reuni aqui porque desejo com todas as minhas forças matar alguém! 
Ninguém estranhou muito, pois era o Ódio quem estava falando
 e ele sempre queria matar alguém, 
mas perguntaram-se quem seria tão difícil de matar 
que o Ódio necessitaria da ajuda de todos. 
- Quero matar o Amor - disse o Ódio. 
Muitos sorriram com maldade, 
pois mais de um ali tinha a mesma vontade. 
O primeiro voluntário foi o Mau Caráter: 
- Eu irei e podem ter certeza que em um ano o Amor terá morrido.
Provocarei tal discórdia e raiva que ele não vai suportar. 
Depois de um ano se reuniram outra vez e, 
ao escutar o relato de Mau Caráter, ficaram decepcionados: 
- Eu sinto muito. Bem que tentei de tudo,
 mas cada vez que eu semeava discórdia, o Amor superava e seguia seu caminho. 
Foi então que muito rapidamente ofereceu-se a Ambição para executar a tarefa.
Fazendo alarde de seu poder, disse: 
- Já que Mau Caráter fracassou, irei eu. Desviarei a atenção do Amor com
o desejo por riqueza e pelo poder. Isso ele nunca irá ignorar. 
E começou, então, a Ambição o ataque contra a sua vítima. 
Efetivamente, o Amor caiu ferido. 
Mas, depois de lutar arduamente, curou-se: renunciou a
todo desejo exagerado de poder e triunfo. 
Furioso com o novo fracasso, o Ódio enviou os Ciúmes. 
Estes bufões perversos inventaram todo tipo de artimanhas
 e situações para confundir o Amor. 
Machucaram-no com dúvidas e suspeitas infundadas. 
Porém, mesmo confuso, o Amor chorou e pensou que não queria morrer. 
Com valentia e força se impôs sobre eles e os venceu. 
Ano após ano, o Ódio seguiu em sua luta, enviando a Frieza, o Egoísmo, 
a Indiferença, a Pobreza, a Enfermidade e muitos outros. 
Todos fracassavam sempre. 
O Ódio, convencido de que o Amor era invencível, disse isso aos demais: 
- Nada podemos fazer. O Amor suportou tudo. 
Levamos muitos anos insistindo e não conseguimos. 
De repente, de um cantinho do auditório, se levantou um sentimento pouco
conhecido e que se vestia todo de preto. 
Com um chapéu gigante, ele mantinha o rosto encoberto.
 Seu aspecto era fúnebre como o da morte. 
- Eu matarei o Amor, disse com segurança. 
Todos se perguntavam quem seria esse pretensioso que, sozinho,
pretendia fazer o que nenhum deles havia conseguido. 
O Ódio ordenou: 
- Vá e faça! 
Havia passado pouco tempo quando o Ódio voltou a convocar a todos
 para comunicar que finalmente o Amor havia morrido. 
Todos estavam felizes mas também surpresos.
E o sentimento do chapéu preto falou: 
- Aqui eu entrego a vocês o Amor, totalmente morto e esquartejado. 
E sem dizer mais palavra, encaminhou-se para a saída. 
- Espera! - determinou o Ódio, dizendo: 
em tão pouco tempo você o eliminou completamente, 
deixando-o desesperado e, por isso mesmo, ele não fez o menor 
esforço para viver! Quem é você afinal? 
O sentimento, pela primeira vez, levantou seu horrível rosto e disse: 
- Sou a Rotina...
(A.D)

Quando se tem amor é sim possível não permitir,
que o relacionamento caia na rotina,
por isso basta lutar e não deixá-lo cair nas situações corriqueiras.
Ter sempre um diálogo aberto, é essencial para a vida a dois, 
por isso, tenha sempre que achar necessário.
Saiba falar e ouvir ao mesmo tempo...
E seja muito feliz com o seu amor....
Boa tarde à todos...

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